Início SAÚDE Superlotação e Desespero: Caos na Saúde Pública de Nova Iguaçu

Superlotação e Desespero: Caos na Saúde Pública de Nova Iguaçu

Pais denunciam falta de atendimento para crianças no Hospital da Posse

Um vídeo que circula nas redes sociais desde segunda-feira (12) escancarou o drama vivido por pais e responsáveis em busca de atendimento médico para crianças no Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. As imagens mostram pessoas em desespero diante da recusa de atendimento na unidade hospitalar, que, segundo relatos, estava superlotada e sem capacidade para receber novos pacientes.

De acordo com a diretoria do hospital, a prioridade naquele momento foi atender as crianças em estado grave, diante do alto número de pacientes. Os casos classificados como de menor complexidade teriam sido encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região.

Apesar da explicação oficial, os vídeos evidenciam a aflição de famílias que, em um momento de fragilidade, não encontraram a resposta esperada do sistema público de saúde. Pais chorando, crianças no colo e uma sensação generalizada de abandono marcaram o cenário na porta da unidade.

A crise exposta nas imagens não é um caso isolado. A superlotação recorrente e a sobrecarga nas unidades de saúde refletem uma administração ineficaz da rede pública municipal, que parece não conseguir dar conta da demanda crescente. Em vez de ampliação da estrutura e reforço no atendimento pediátrico — especialmente em períodos sazonais de maior incidência de doenças respiratórias — o que se vê é o colapso de um serviço essencial à população.

Especialistas apontam que a falta de planejamento e investimentos adequados na atenção básica e na rede de emergência contribui diretamente para a pressão sobre os hospitais. A situação em Nova Iguaçu escancara uma falha de gestão que penaliza justamente os mais vulneráveis: crianças doentes e suas famílias.

Enquanto a administração municipal não assume a gravidade da situação e não propõe soluções concretas, a população segue enfrentando longas esperas, incertezas e o risco real de não receber atendimento a tempo. A saúde pública em Nova Iguaçu pede socorro — e quem grita, por ora, são os próprios cidadãos.

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